UE congratula-se com regresso dos Estados Unidos ao Acordo de Paris

A União Europeia (UE) congratulou-se hoje com a decisão adotada pelo novo Presidente norte-americano, Joe Biden, de aderir novamente ao Acordo de Paris, de combate às alterações climáticas, vincando que esta é uma "responsabilidade coletiva global".

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Lusa
21/01/2021 12:21 ‧ 21/01/2021 por Lusa

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Biden

"A UE congratula-se com a decisão do Presidente Biden de os Estados Unidos aderirem de novo ao Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. Estamos ansiosos por ter os Estados Unidos novamente do nosso lado na liderança dos esforços globais para combater a crise climática", reagiu o bloco comunitário, numa declaração assinada pelo vice-presidente executivo da Comissão Europeia Frans Timmermans, com a pasta do Pacto Ecológico Europeu, e pelo Alto Representante para a Política Externa, Josep Borrell.

Vincando que "a ação climática é uma responsabilidade coletiva global", os responsáveis notam que esta emergência é um "desafio determinante" dos tempos atuais, que só pode ser "enfrentado através da combinação de todas as forças".

Frans Timmermans e Josep Borrell adiantam que a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em Glasgow, em novembro próximo, "será um momento crucial para aumentar a ambição global".

"Utilizaremos as próximas reuniões do G7 e do G20 para construir nesse sentido. Estamos convencidos de que se todos os países aderirem a uma corrida global a zero emissões, todo o planeta ganhará", concluem.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, assinou na quarta-feira, poucas horas após assumir o cargo, um decreto sobre o regresso do país ao Acordo de Paris, depois de Donald Trump ter abandonado o tratado climático em 2017.

"Vamos lutar contra as mudanças climáticas como nunca fizemos antes", disse Biden, discursando na Sala Oval.

Os Estados Unidos deixaram, em 04 de novembro, formalmente o Acordo de Paris, um pacto global firmado há cerca de seis anos com o objetivo de travar a ameaça de uma mudança climática catastrófica.

São, de momento, 189 os países comprometidos com o Acordo de Paris de 2015, que visa manter o aumento das temperaturas médias mundiais abaixo dos dois graus celsius, idealmente menos de 1,5 graus celsius, em comparação com os níveis pré-industriais. Outros seis países assinaram, mas não ratificaram o pacto.

Os cientistas dizem que qualquer aumento acima de dois graus celsius pode ter um impacto devastador em grandes partes do mundo, elevando o nível do mar, provocando tempestades tropicais e agravando secas e inundações.

O Acordo de Paris exige que os países definam as próprias metas voluntárias para reduzir os gases com efeito estufa, como o dióxido de carbono. O único requisito obrigatório é que as nações relatem com precisão os seus esforços.

Os Estados Unidos são o segundo maior emissor do mundo, depois da China, de gases que retêm calor, como o dióxido de carbono e a sua contribuição para a redução de emissões é considerada importante.

 

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