As duas pessoas infetadas, assintomáticas, foram detetadas no condado de Kilifi, a norte da cidade de Mombaça, junto ao oceano Índico, referiu o secretário-geral do Ministério da Saúde queniano, Patrick Amoth.
Segundo o governante, os dois infetados, estrangeiros e cuja nacionalidade não foi especificada, abandonaram o Quénia para regressar ao seu país.
"Todos sabemos que esta variante é 50% mais contagiosa, pelo que existe um risco significativo, possivelmente com mais infeções e um sistema de saúde ainda mais sob tensão", explicou o secretário-geral, citado pela agência France-Presse.
De acordo com os mais recentes dados do país, hoje divulgados, o Quénia registou 99.630 casos e 1.739 mortos desde o início da pandemia.
O pico da covid-19 no Quénia foi atingido em outubro.
As autoridades quenianas impuseram medidas rigorosas, incluindo o recolher obrigatório e o encerramento de estabelecimentos como bares, restaurantes e escolas.
No país continua a vigorar um recolher obrigatório noturno, embora as restrições tenham sido atenuadas e as escolas estejam parcialmente abertas desde outubro.
Segundo cientistas sul-africanos, os dados recolhidos até agora não mostraram que a nova variante do SARS-CoV-2 detetada na África do Sul, nomeada 501Y.V2, não acompanha uma maior taxa de morbilidade, embora o aumento da pressão do sistema de saúde possa estar por detrás de mais mortes.
Segundo os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 3.337.028 e o de mortes 81.861.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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