O acordo entre a Unitaid e a Fundação para o Diagnóstico Inovador "irá aumentar a capacidade das empresas que fabricam estes testes rápidos de deteção de antigénios e satisfazer cerca de metade das necessidades estimadas para países de rendimento baixo e médio, e reduzir o preço para metade, de 5 dólares (4,11 euros) para 2,5 dólares (2,05 euros) cada", disse Hervé Verhoosel, porta-voz da Unitaid, uma organização internacional avalizada pela OMS, durante uma conferência de imprensa da ONU em Genebra.
Segundo o porta-voz, cerca de 264 milhões de testes poderão ser produzidos nos 12 meses após o acordo.
Os testes de infeção covid-19 são um instrumento crucial para um melhor tratamento e também para melhor combater a pandemia, detetando os surtos de infeção o mais cedo possível e podendo assim isolá-los para evitar uma maior propagação do vírus.
Isto é particularmente verdade para os países de baixo e médio rendimento, onde é frequentemente negado aos trabalhadores da saúde o acesso a testes devido a sistemas de saúde fracos e à dependência de fornecimentos estrangeiros, disse Verhoosel.
Enquanto os países ricos administram diariamente 252 testes por 100.000 pessoas, a taxa é 10 vezes inferior nos países mais pobres, com apenas 24 testes por 100.000 pessoas por dia. Esta diferença deve-se, em parte, à falta de meios para explorar testes moleculares mais sofisticados (PCR) e devido às populações estarem dispersas.
Menos eficientes do que os testes PCR, os testes antigénicos têm a vantagem de não exigirem análises laboratoriais e darem um resultado em cerca de 15 minutos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Leia Também: AO MINUTO: Escolas Fechadas; Políticos prioritários para vacina?