Covid-19: Governo de Hong Kong confina dois bairros populosos da região

O Governo de Hong Kong, que vive a sua quarta onda de infeções pelo novo coronavírus, confinou hoje dois bairros populosos localizados na península de Kowloon, numa tentativa de impedir o avanço do vírus.

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Lusa
23/01/2021 08:55 ‧ 23/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Esta será a primeira vez que os seus residentes ficam confinados nestes bairros desde o início da pandemia.

As autoridades tomaram a medida depois de registar um rápido aumento de casos na área nos últimos quatro dias, com 145 casos positivos do SARS-CoV-2 nos bairros de Yau Ma Tei e Jordan.

Conforme foi anunciado pelo Governo, num comunicado, quem residir nessas duas áreas deverá fazer o teste para o SARS-CoV-2 e permanecer em casa até que os resultados sejam conhecidos.

O confinamento vai durar 48 horas e afeta cerca de 10.000 residentes, muitos deles pobres e idosos que vivem em prédios antigos.

Só tem acesso àquela área, isolada pela polícia militar desde a madrugada de hoje, agentes de saúde e demais trabalhadores considerados essenciais como cuidadores de idosos.

Os residentes confinados não terão permissão para deixar a área, mas poderão deslocar-se dentro desta se tiverem um resultado negativo do teste para o vírus.

As autoridades, que mobilizaram cerca de 3.000 trabalhadores de prevenção e controlo de epidemias para implementar o confinamento, garantiram que fornecerão alimentos e produtos de limpeza para os moradores afetados.

Em caso de deteção de um caso de coronavírus, a pessoa infetada será encaminhada ao hospital, enquanto os seus contatos próximos ficarão isolados em centros de observação.

O total de infetados em Hong Kong desde o início da pandemia chega a 9.928 pessoas, dos quais 168 morreram.

A pandemia de covid-19 provocou mais de dois milhões de mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Autoridades de Hong Kong vão confinar bairro com nove mil pessoas

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