"O que pedimos a estas empresas é um diálogo transparente", declarou Charles Michel no programa "Le Grand Rendez-vous" da rádio francesa Europe 1.
"É certo (...), que pretendemos fazer cumprir os contratos que foram validados pelas empresas farmacêuticas", afirmou o presidente do Conselho que representa os 27 Estados-Membros da União Europeia.
"Vemos que temos de arregaçar as mangas e lutar para ter clareza sobre as razões pelas quais foram anunciados atrasos", referiu.
"Mas quando os atrasos de várias semanas foram anunciados pela Pfizer, reagimos com firmeza, batemos com os punhos na mesa e, finalmente, os atrasos anunciados de várias semanas foram reduzidos", disse.
Charles Michel, no entanto, mostrou compreensão das dificuldades industriais encontradas pelos laboratórios.
"Entendemos bem quando há empresas que precisam montar cadeias produtivas e que podem haver obstáculos, pode em algum momento haver dificuldades no fornecimento das matérias-primas necessárias", acrescentou.
"O que é extremamente positivo é que a humanidade conseguiu em poucos meses produzir as vacinas. Sabíamos que a implementação seria difícil", disse.
Após atrasos anunciados pela Pfizer nas entregas de vacinas contra a covid-19, um anúncio semelhante da AstraZeneca na sexta-feira gerou preocupação na Europa, que se envolveu numa corrida para a vacinação após o aparecimento de novas variantes mais perigosas dos SARS-CoV-2
A UE assinou um total de seis contratos com empresas farmacêuticas para a aquisição de vacinas contra a covid-19 e está em negociações com mais duas, para mais de 2,5 mil milhões de potenciais doses.