Segundo o ministro da Saúde, Hala Zayed, o país vai dar prioridade à vacinação de profissionais de saúde em 40 hospitais dedicados a isolar e tratar doentes da covid-19.
No Egito, a segunda prioridade na vacinação contra a covid-19 são os idosos e aqueles que sofrem de doenças crónicas, disse Zayed, sem avançar um prazo para vacinar toda a população.
O ministro da Saúde afirmou ainda que os cidadãos vão receber as duas doses da vacina em 21 dias, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Em 30 de dezembro, a farmacêutica estatal chinesa Sinopharm revelou que uma das suas vacinas candidatas contra a covid-19 revelou uma eficácia de 79,34%, e que já pediu autorização às autoridades do país asiático para comercializá-la.
No início desse mês, as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, um dos países que participaram nos testes da vacina, tinham apontado para 86% de eficácia.
Esta vacina pode ser transportada a uma temperatura de 2 a 8 graus Celsius (35 a 46 graus Fahrenheit), o que se torna uma grande atração para países onde quase 3 mil milhões de pessoas vivem sem eletricidade e refrigeração estáveis.
Além desta vacina, o Egito também negociou duas outras vacinas - uma da Oxford University e AstraZeneca, e outra da Pfizer e do seu parceiro alemão BioNTech.
Em dezembro, o ministro das Finanças do Egito, Mohamed Maait, informou que o Governo fechou contrato para comprar 20 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech e 30 milhões de doses da vacina AstraZeneca.
O Egito, que é o país mais populoso do mundo árabe, com mais de 100 milhões de habitantes, regista mais de 161.140 casos confirmados de infeção e 8.902 mortes relacionados com a covid-19, ainda que o número real de casos, como em outras partes do mundo, possa ser superior, em parte devido à limitação de testes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.121.070 mortos resultantes de mais de 98,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.