Moçambique quer vacina mais cedo. Profissionais de saúde serão prioridade
O ministro da Saúde de Moçambique disse hoje que os 70.000 profissionais de saúde do país são um dos grupos prioritários para receber a vacina contra o novo coronavírus, cuja chegada, prevista para julho, o Governo quer antecipar.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Este grupo tem cerca de 70.000 pessoas que devem ser vacinadas" com o primeiro lote que chegar ao país, referiu Armindo Tiago.
O ministro falava hoje em Maputo durante um encontro com as ordens e associações de médicos e enfermeiros de Moçambique e com a Associação dos Anestesistas, para discutir mecanismos para melhorar a gestão da pandemia.
Nas suas últimas projeções, Armindo Tiago tem apontado julho como mês de arranque da inoculação em Moçambique, depois de beneficiar do mecanismo Covax.
No entanto, o governante hoje manifestou a intenção de antecipar essa data.
"Acreditamos que o Governo deverá fazer esforços no sentido de garantir a vacina em período precoce", entre os meses "de fevereiro e março para garantir a proteção dos grupos de risco e daqueles que têm prioridade", acrescentou.
A iniciativa Covax, lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), prevê distribuir, pelo menos, dois mil milhões de doses até ao final de 2021 por forma a imunizar 20% das pessoas mais vulneráveis em 91 países pobres, principalmente em África, na Ásia e na América Latina.
O governante anunciou ainda, sem avançar detalhes, a contratação de mais profissionais de saúde e a alocação de mais 320 camas para o Hospital Geral de Mavalane, para fazer face ao crescente número de internamentos devido à covid-19.
No encontro, foi também anunciada a dispensa das atividades clínicas ou laborais presenciais dos profissionais de saúde com idade igual ou superior a 55 anos ou que sejam portadores de doenças consideradas de risco.
Moçambique tem um cumulativo de 305 óbitos devido à covid-19 e 32.418 casos, dos quais 63% recuperados.
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