Seria "preocupante" se a UE impedisse Canadá de receber vacinas

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse terça-feira que seria preocupante se a União Europeia (EU) impedisse o país de receber as doses de vacina contra a covid-19 provenientes do continente europeu.

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Lusa
27/01/2021 06:41 ‧ 27/01/2021 por Lusa

Mundo

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A UE ameaçou impor controlos à exportação das vacinas produzidas dentro das suas fronteiras e avisou as empresas farmacêuticas que desenvolveram vacinas contra o novo coronavírus, com o apoio de fundos europeus, que devem cumprir as entregas dentro dos prazos acordados.

Todas as vacinas adquiridas pelo Canadá têm origem nas linhas de produção da Europa.

Trudeau disse ainda que falou com o diretor executivo da Moderna e que este garantiu que é "muito claro" que o contrato com o Canadá será respeitado.

O país não vai receber esta semana nenhum carregamento de vacinas da Pfizer fabricadas na Europa, devendo estes ser retomados na próxima semana.

O primeiro-ministro canadiano garantiu ainda que vai trabalhar com os seus aliados europeus para assegurar que não existirão quebras na cadeia de fornecimento do país.

Vários laboratórios admitiram, nas últimas semanas, que estão em dificuldades para manter as cadências de produção elevadas de forma a respeitar os contratos de distribuição que assinaram.

O grupo americano Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech foram os primeiros a advertir, este mês, que não conseguiriam cumprir a calendarização inicialmente acordada com a União Europeia, antes de dizer que podiam limitar a uma semana o atraso nas entregas.

Na semana passada, foi a vez da britânica AstraZeneca, cuja vacina ainda não foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), indicar que as suas entregas seriam inferiores ao previsto no primeiro trimestre, causando a indignação da União Europeia.

Hoje mesmo, a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, pressionou os fabricantes ao dizer que devem "honrar as suas obrigações".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.

Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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