A Sanofi revelou, esta quarta-feira em comunicado, que vai ajudar na produção da vacina da Pfizer contra a Covid-19 de modo a "ajudar a atender às necessidades de saúde pública". A empresa vai dar acesso à sua infraestrutura à BioNTech e, a partir do verão de 2021, a Sanofi irá "realizar a manufatura em estágio final para fornecer mais de 125 milhões de doses" para a União Europeia.
Na mesma nota é ainda referido que o acordo entre as duas "reflete um compromisso partilhado de aumentar a acessibilidade da vacina". A produção inicial irá ocorrer na fábrica da Sanofi em Frankfurt, na Alemanha.
Paul Hudson, CEO da biofarmacêutica, elogiou o compromisso e referiu que a Sanofi "está bastante consciente de que quanto mais primeiras doses de vacina estiverem disponíveis, mais vidas podem ser potencialmente salvas". "O anúncio de hoje é um passo fundamental em direção ao objetivo da nossa indústria em colocar todos os esforços na contenção desta pandemia", é ainda citado.
Vacinação a várias velocidades para uma doença universal
Num mundo dilacerado por uma pandemia, a urgência da vacinação contra a Covid-19 tem várias velocidades, avanços e recuos, com os países mais ricos na dianteira e os mais pobres em risco de ficar, de novo, para trás.
Na União Europeia, o processo de vacinação tem sido marcado por críticas à lentidão com que decorre e aos atrasos na distribuição decorrentes da insuficiente produção de lotes para todos os países.
Esta semana, a Comissão Europeia admitiu avançar com "qualquer ação necessária" para exigir o cumprimento do contrato de aquisição de vacinas AstraZeneca/Oxford, depois de a farmacêutica britânica ter anunciado que enviará menos doses à União Europeia do que o acordado devido a problemas na capacidade de produção.
[Notícia atualizada às 10h56]
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