"A questão do confinamento coloca-se de forma legítima, mas nós conhecemos o impacto pesado que isso tem nos franceses de todos os pontos de vista. Ainda temos uma oportunidade de o evitar", disse hoje o primeiro-ministro Jean Castex em conferência de imprensa.
Estas decisões foram tomadas esta noite, após um Conselho de Defesa reunido no Palácio do Eliseu, em Paris, e reuniu o Presidente da República, membros do Governo e os principais conselheiros que ajudam o executivo a tomar decisões durante a pandemia.
A França escolhe assim impor outras medidas em vez de um novo confinamento generalizado. Uma das principais medidas é o encerramento das fronteiras a todos os voos vindos de países de fora da União Europeia a partir de domingo.
Outra medida adicional é o encerramento dos comércios não alimentares com mais de 20 mil metros quadrados, ou seja, a maioria dos centros comercias em todo o país. Estes espaços ficarão fechados até ordem em contrário, não havendo para já um horizonte para a reabertura.
De forma a fazer respeitar o recolher obrigatório, o primeiro-ministro disse que os controlos "vão ser reforçados", com mais polícia nas ruas e mais fiscalizações a restaurantes e festas clandestinas.
Desde o início da pandemia já morreram em França mais de 75 mil pessoas e já foram detetados mais de 3 milhões de casos positivos.
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