O primeiro cidadão argelino a receber a vacina foi um reformado de 65 anos, que foi inoculado num hospital da cidade a cerca de 40 quilómetros da capital.
O país recebeu a sua primeira remessa da vacina russa na sexta-feira no aeroporto militar de Boufarik, a oeste de Argel, depois de surgirem críticas por sucessivos atrasos no arranque do processo.
Apesar de as autoridades não terem indicado quantas doses chegaram, o governo tinha anunciado a encomenda de um primeiro lote de 500.000 vacinas. Simultaneamente, estão em curso negociações para a aquisição da vacina Oxford-AstraZeneca.
"Foram tomadas todas as medidas para assegurar uma boa implantação da campanha de vacinação no território nacional", disse o ministro da Saúde argelino, Abderrahmane Benbouzid.
De acordo com os critérios de vacinação, a campanha vai dar prioridade a trabalhadores da saúde, adultos idosos e outras populações vulneráveis.
Questionado sobre o impacto do início da vacinação, o médico Omran Fatma Zahra, chefe de medicina geral do distrito Ouled Yaich, disse que a receção pública do lançamento parecia positiva.
"Há muita gente. Acabámos de vacinar cerca de 20 pessoas com doenças crónicas que estão sob observação. Portanto, está a correr muito bem", declarou.
No entanto, na Argélia cresce também a preocupação em torno do estado de saúde do Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, que tem vindo a convalescer há mais de um mês num local não revelado na Alemanha, após sofrer os efeitos da covid-19.
Desde o início da pandemia de covid-19, o país do Norte de África já reportou mais de 106 mil casos e pelo menos 2.884 óbitos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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