O número de pessoas contaminadas continua a aumentar apesar da intensa campanha de vacinação, com o Governo a prorrogar pela terceira vez o confinamento imposto em 27 de dezembro à população israelita, o terceiro desde o início da pandemia.
Após uma longa reunião, os ministros chegaram a acordo para manter o confinamento até à próxima sexta-feira.
O executivo de Benjamin Netanyahu reúne-se na próxima quarta-feira para examinar a situação e pronunciar-se sobre um novo confinamento, indicou o comunicado.
Hoje, o confinamento foi violado por milhares de judeus ultraortodoxos que participaram no funeral de um rabino em Jerusalém.
O enterro de um outro rabino na mesma cidade, no final da tarde, motivou uma nova violação do confinamento. De acordo com a lei, apenas 20 pessoas a acompanhar um funeral, mas milhares concentraram-se para homenagear o rabino Yitzhak Sheiner.
Previamente, o parlamento israelita tinha-se pronunciado por um aumento das multas contra os transgressores das restrições sanitárias.
Durante a tarde, os deputados votaram em terceira leitura o projeto-lei que prevê a duplicação das multas para os comerciantes e escolas que não cumpram o confinamento, e que passam de 5.000 para 10.000 shekels (2.500 euros).
O ministro da Saúde anunciou que, no espaço de um mês, o Estado hebraico vacinou mais de três milhões dos seus habitantes, perto de um terço da atual população.
Israel comprometeu-se a partilhar os dados sobre os efeitos desta imunização ao gigante farmacêutico norte-americano Pfizer, como contrapartida a uma entrega rápida das vacinas.
Apesar desta campanha que permitiu vacinar um terço da população, Israel registou nas últimas 24 horas mais de 3.500 casos de contaminação.
O ministro do Interior Aryeh Deri decidiu por sua vez prolongar por mais dois dias o encerramento das passagens fronteiriças com a Jordânia e Egito, uma medida anunciada na quarta-feira.
Por decisão do Governo, vai permanecer a suspensão dos voos internacionais, aplicada desde 26 de janeiro, e o aeroporto internacional Ben-Gurion também ficará encerrado mais uma semana.
Apesar das medidas sanitárias, o mês de janeiro foi até ao momento o mais mortífero em Israel com pelo menos 1.000 mortos por coronavírus, num total de mais de 4.700 óbitos registados desde março e relacionados com o covid-19. Até hoje, Israel registou oficialmente 643.006 casos, com 4.786 mortos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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