"Julgo que nós europeus temos de ser mais eficazes neste assunto. É também a vontade da chanceler alemã [Angela] Merkel e da presidente [da Comissão Europeia, Ursula] Von der Layen", assegurou em declarações aos media após receber o seu homólogo da Sérvia, Aleksandar Vucic.
O Presidente francês manifestou o desejo de uma "aceleração" da entrega das vacinas para que seja possível concretizar as campanhas de vacinação nos países europeus e ajudar países aliados como a Sérvia.
Macron, que falava no palácio presidencial do Eliseu, reconheceu que a França e a Europa "poderiam ter estado mais presentes" ao lado da Sérvia, numa aparente resposta ao anterior criticismo de Vucic, que na semana passada disse que o seu país contava com um muito maior apoio da União Europeia (UE).
A Sérvia, um país central da região dos Balcãs, recebeu doses da vacina chinesa Sinopharm e que permitiu ao país iniciar a sua campanha de vacinação no início do mês.
"Teria gostado que a França e a Europa tivessem conseguido acompanhar mais o tema das vacinas (...). Faremos todo o possível a longo prazo para poder estar a seu lado e ao lado do povo sérvio e de todos os povos da região. É uma corrida de velocidade que estamos a fazer contra o vírus", assinalou Macron.
O Governo francês defende a iniciativa de uma compra conjunta das vacinas pela UE, apesar dos problemas surgidos com alguns dos laboratórios.
O secretário de Estados dos Assuntos europeus, Clement Beaune, assegurou na rádio France Inter que uma compra conjunta "evitou que cada país estivesse agora a contactar individualmente os laboratórios para conseguir mais doses à custa dos seus vizinhos".
Beaune assegurou que o Reino Unido, que já vacinou mais de nove milhões de pessoas, face às 1,5 milhões em França, "está a assumir muitos riscos", porque aposta de forma maioritária por uma única vacina e porque alargou os prazos entre as injeções necessárias, "algo que os especialistas desaconselham".
Em simultâneo, negou que a UE tenha pressionado os laboratórios com os preços. "Somos 27 países que compramos muitas doses. É normal que tenhamos preços mais baixos que outros que compram dez vezes menos".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.227.605 mortos resultantes de mais de 102,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.757 pessoas dos 726.321 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.