"Estamos a acompanhar de perto as manifestações pacíficas contra a nomeação de um novo reitor" na Universidade do Bósforo "e também estamos preocupados pelas detenções de estudantes e outros manifestantes", afirmou igualmente o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, durante uma conferência de imprensa.
"A liberdade de expressão, incluindo quando algumas afirmações podem incomodar alguns, é uma componente crucial de uma democracia dinâmica. Ela deve ser protegida", acrescentou.
"Os EUA consideram prioritária a proteção dos direitos humanos e colocam-se ao lado de todos os que se batem pelas suas liberdades democráticas fundamentais", insistiu o porta-voz.
A nomeação no início do ano por Erdogan de um reitor próximo do poder para liderar a Universidade do Bósforo provocou um movimento de contestação.
A polícia turca deteve na terça-feira mais de 170 pessoas que participavam em manifestações, que se sucedem sem mostrar sinais de enfraquecimento, apesar da repressão cada vez mais brutal das autoridades.
O chefe do Estado turco equiparou hoje os estudantes que se manifestam a "terroristas".
Atacou também as pessoas LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgéneros e transexuais), cujos direitos são uma das reivindicações da contestação, depois de quatro estudantes terem sido detidos, acusados de insultarem o Islão, por organizarem uma exposição artística que incluía uma representação de um local sagrado muçulmano decorado com uma bandeira arco-íris.
"LGBT, aqui não há nada disso. Este país é patriótico e moral. Avançamos para o futuro com estes valores", disse Erdogan.
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