O ataque ocorreu em agosto de 2002, quando Sheikh Hasina, então líder do partido Liga Awami (na altura oposição), viajava em comitiva depois de uma visita a uma vítima de violação no distrito ocidental de Kalaroa.
A comitiva, que integrava vários veículos nos quais viajavam a política e a sua equipa, bem como jornalistas, foi atacada com pedras, paus e facas de mato.
Entre os opositores hoje condenados figura Islam Habid, um antigo deputado e membro do Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP), formação política que estava no poder na altura dos acontecimentos.
"Três homens, incluindo um ex-deputado, foram condenados a 10 anos de prisão e outros a penas de quatro anos e meio de prisão", afirmou, em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), o procurador Shaheen Mrdha.
Outras 12 pessoas implicadas neste caso estão em fuga, em paradeiro incerto.
De acordo com o procurador, esta foi uma das várias tentativas de assassínio realizadas contra Sheikh Hasina, que está no poder desde 2009.
No ataque em questão, a política escapou ilesa, mas vários apoiantes da Liga Awami e jornalistas que ficaram feridos.
Após a leitura da sentença, o BNP, atualmente principal força opositora no Bangladesh, contestou o veredicto, classificando o caso contra os seus representantes e militantes como "falso" e "com motivações políticas".
"O Governo da Liga Awami reavivou o caso no contexto de uma tentativa em curso para destruir o BNP", disse o secretário-geral adjunto da força política, Ruhul Kabir Rizvi, numa conferência de imprensa na capital do Bangladesh, Daca.
A líder do BNP, Khaleda Zia, uma inimiga declarada da atual primeira-ministra, está a cumprir uma pena de 17 anos de prisão por corrupção, sentença que foi pronunciada em 2018.
Na altura do ataque, em agosto de 2002, Khaleda Zia era a primeira-ministra do Bangladesh.
O BNP tem acusado o atual Governo de deter ao longo dos últimos 12 anos dezenas de milhares dos seus apoiantes e militantes com base em acusações forjadas.
Tarique Rahman, filho de Khaleda Zia que vive em Londres, foi condenado em 2018 a prisão perpétua devido ao seu envolvimento num atentado com granada ocorrido em 2004 durante um comício da atual primeira-ministra.
No âmbito deste caso, a justiça do Bangladesh condenou à morte 19 pessoas.
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