A decisão, anunciada esta quinta-feira pela Transport Canada, é justificada pela necessidade de conter a propagação dos contágios por covid-19.
O Canadá proibiu os navios de cruzeiro com mais de 100 passageiros a partir da primavera de 2020 e até ao final deste mês, mas as autoridades decidiram prolongar a medida por mais um ano por entenderem que a passagem dos navios de cruzeiro nos portos do país representam um risco para o sistema de saúde.
A maior parte dos grandes cruzeiros que vistam o Alasca está registada em países estrangeiros, mas a lei federal dos Estados Unidos da América proíbe navios registados noutros países de navegar entre dois portos americanos sem, pelo meio, pararem num porto estrangeiro.
Esta realidade faz com que os navios de cruzeiro com destino ao Alasca iniciem as suas viagens no Canadá ou parem num porto deste país durante o trajeto.
Segundo a Associated Press, a maior parte dos 1,3 milhões de pessoas que visitaram o Alasca em 2019 eram passageiros de navios de cruzeiro em viagem pelo sudeste do Alasca, com muitos a aproveitaram a viagem para fazer excursões a Anchorage, ao Parque Nacional e Reserva de Denali ou Fairbanks.
Ao longo de 2020, a pandemia e as restrições impostas pelo Canadá reduziram para 48 o número de passageiros de navios de cruzeiro que visitaram o sudeste do Alasca.
A decisão das autoridades canadianas foram recebidas sem surpresa por Rorie Watt, autarca da cidade de Juneau, capital do Alasca. "Há três meses achávamos que íamos ver navios em maio. Há um mês, apontávamos pata junho, há duas semanas, que talvez em julho e na passada que talvez fosse em agosto", referiu.
O Canadá admite levantar a interdição antes, se as condições da pandemia assim o permitirem.
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