O anúncio surge depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter indicado na quarta-feira numa reunião à porta fechada que esperava mais acesso humanitário à região, onde o Governo federal tem vindo a conduzir uma operação militar contra as autoridades dissidentes desde novembro.
O Governo etíope e o PAM "acordaram em medidas concretas para expandir o acesso humanitário através de Tigray e o PAM vai aumentar as suas operações", disse Beasley no Twitter após uma visita à capital regional, Mekele, estimando que "três milhões de pessoas precisam de ajuda agora".
O PAM afirmou num comunicado que tinha concordado, a pedido das autoridades etíopes, em fornecer ajuda alimentar de emergência a um milhão de pessoas em Tigray.
O ministro da Paz etíope, Muferihat Kamil, disse numa declaração que o Governo estava "a aprovar urgentemente pedidos para a deslocação de pessoal internacional para o interior de Tigray".
Durante os últimos três meses, a ONU e as ONG têm deplorado as restrições ao acesso humanitário a Tigray, onde ainda se registam combates, apesar do anúncio pelo primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, do fim das hostilidades com a tomada de Mekele pelo exército federal em 28 de novembro.
O Governo minimizou o risco de fome e afirma ter fornecido ajuda alimentar de emergência a 1,8 milhões de pessoas.
O acesso ao Tigray continua a ser muito difícil para os meios de comunicação social, o que dificulta a verificação de informações sobre a situação na região.
Depois de uma visita na semana passada, o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, apelou para uma melhoria do sistema de distribuição da ajuda, referindo que de outra forma se deteriorará a situação já "muito grave" em Tigray.
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