Segundo o porta-voz do Ministério da Educação jordano, mais de 773.000 alunos regressam esta semana às escolas, fechadas em março de 2020 para controlar a propagação da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Os alunos das creches e escolas do ensino básico recomeçaram hoje as aulas, assim como os 28.000 alunos da agência da ONU para os refugiados palestinianos, seguindo-se, na segunda-feira, os das escolas cristãs.
Num regresso por etapas, mais 1,4 milhões de alunos regressarão às aulas até 07 de março, segundo os ministérios da Educação e da Saúde.
A Jordânia registou, no sábado, 865 novos casos de infeção e sete mortes, confirmando a descida progressiva dos números registada desde o pico de 91 mortes diárias atingido em meados de novembro.
O país, de 9,9 milhões de habitantes, registou desde o início da pandemia 333.855 casos e 4.369 mortes e iniciou a vacinação a 13 de janeiro, tendo até ao momento administrado a primeira dose da vacina a mais de 40.000 pessoas.
"Estou muito contente porque voltei a ver as minhas amigas e o meu professor. Tivemos aula, falámos, brincámos e comemos juntas", disse à agência France-Presse Mecca, de 7 anos, aluna no colégio científico muçulmano para raparigas de Jabal Amman, no centro da capital jordana.
"Em casa aborrecia-me, estar na escola é bem melhor", acrescentou.
A comissão nacional de epidemiologia jordana foi encarregada de avaliar, dentro de duas semanas, o impacto do regresso às aulas, para decidir se o processo de reabertura das escolas pode prosseguir, segundo explicou à agência um dos membros da comissão, Bassam Hijjawi.
"A descida da curva contribuiu para fazer regressar ao normal a vida escolar, com medidas sanitárias estritas", afirmou.
Para Fadi Ismail, professor na escola Choukri Chacha, em Amã, a educação presencial é importante porque é na sala de aula que um professor "vê imediatamente se o aluno está a acompanhar".
"Na sala de aula, há trocas constantes, o aluno pode fazer perguntas. É muito diferente de estudar através de uma plataforma", defendeu.
Leia Também: AO MINUTO: GNR põe fim a festa; Mais de 50 anos vacinados até maio