Suspensão de vacina da AstraZeneca "é preocupante", mas "há ressalvas"

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que a suspensão da vacina de Oxford na África do Sul, na sequência do estudo que indica menos eficácia contra a variante dominante no país, é "preocupante", mas indicou que existem outros aspetos a considerar.

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© Christopher Black/WHO/Handout via REUTERS

Anabela Sousa Dantas
08/02/2021 17:50 ‧ 08/02/2021 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

OMS

"Ontem, a África do Sul anunciou que ia suspender o início da imunização com a vacina da Oxford-AstraZeneca depois de um estudo mostrar que é marginalmente eficaz na prevenção da doença leve a moderada causada pela primeira variante identificada na África do Sul. Isto é claramente preocupante", indicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta segunda-feira, em conferência de imprensa.

"Porém, há algumas ressalvas importantes", acrescentou o diretor da OMS. "Dado o limitado tamanho da amostra do ensaio e o perfil mais jovem e mais saudável dos participantes, é importante determinar se a vacina continua eficaz em prevenir uma doença mais severa".

Antes disso, o especialista em saúde pública já tinha indicado que o fármaco da Oxford/AstraZeneca é "uma de várias vacinas que se mostraram eficazes em prevenir Covid-19 severa, hospitalização e morte".

Ghebreyesus explicou que os resultados do estudo supracitado, que denunciam falta de eficácia contra a variante do novo coronavírus 501Y.V2, dominante na África do Sul, "são um lembrete de que precisamos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para reduzir a circulação do vírus com medidas públicas de saúde confirmadas".

Recorde-se que a África do Sul recebeu na semana passada do Instituto Serum da Índia um milhão de doses da vacina AstraZeneca que deveriam ser administradas aos profissionais de saúde nos próximos dias.

Leia Também: Vacina da AstraZeneca deve ser dada a pessoas até aos 65 anos, diz DGS

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