"As variantes do vírus não são o início de uma nova pandemia"

As novas variantes são "uma evolução normal de um patógeno a tentar adaptar-se ao seu anfitrião, o ser humano", diz diretor para a Europa da Organização Mundial de Saúde.

Notícia

© Getty Images

Notícias ao Minuto
11/02/2021 09:12 ‧ 11/02/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Hans Kluge

Hans Kluge, diretor para a Europa da Organização Mundial de Saúde, afirma, em entrevista ao El Pais, que o ano "de 2021 ainda será um ano de pandemia", mas acredita que o surgimento de novas variantes não vão provocar uma nova pandemia.

O responsável que assumiu o cargo em fevereiro do ano passado, precisamente quando a Covid-19 se tornava numa pandemia, considera injustas as críticas feitas à Europa, por estar um pouco mais atrasada no que ao plano de vacinação diz respeito, em comparação com outros países.

"As vacinas foram desenvolvidas com uma rapidez sem precedentes [...] E devemos reconhecer que a estratégia de negociação da UE permitiu uma economia de escala que proporciona vacinas a todos os países e por igual, e a um preço justo para todos", afirma.

Questionado sobre se receia que as novas variantes possam pôr em causa a eficácia das vacinas desenvolvidas, o médico belga salienta que as variantes da covid-19 "não são um novo vírus", mas sim "uma evolução normal de um patógeno a tentar adaptar-se ao seu anfitrião, o ser humano".

"Não é o início de uma nova pandemia", reforça, defendendo contudo que estas nos devem deixar em alerta e lembrar que as medidas ainda não podem ser descuradas.

Hans Kluge reconhece que as pessoas, mais do que cansadas, estão "frustradas" com a pandemia, e diz estar preocupado com a possibilidade do nascimento de uma epidemia paralela, que á a da saúde mental. Para o médico, a camada jovem da população é a que causa mais preocupação, uma vez que é a que denuncia maior frustração com os aspetos do confinamento, e diz que é preciso passar uma mensagem de empatia para os que não estão a lidar bem com esta situação.

Leia Também: Especialistas da OMS começam a deixar a China sem resultados conclusivos

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas