Covid-19: 40% das mortes poderiam ter sido evitadas nos EUA, diz análise
Conclusão foi retirada por um painel da publicação científica The Lancet, que se propôs a analisar as políticas para a saúde da administração de Donald Trump. As falhas, porém, vão além da administração republicana. Sublinhe-se que os Estados Unidos contabilizam mais de 471 mil mortes.
© Pete Marovich - Pool/Getty Images
Mundo Covid-19
Os Estados Unidos poderiam ter evitado 40% das mortes associadas à Covid-19, se a taxa de mortalidade correspondesse às taxas de outros países do G7, concluiu uma comissão da publicação científica The Lancet que analisou as políticas para a saúde da administração de Donald Trump.
O painel de especialistas condena a resposta da antiga administração norte-americana à pandemia, mas ressalva que o país entrou na pandemia com uma infraestrutura de saúde pública degradada.
Entre 2002 e 2019, o investimento na saúde pública, nos Estados Unidos, caiu de 3,21% para 2,45% (metade do investimento feito em países como o Canadá ou o Reino Unido).
Para determinar o número de mortes que poderiam ter sido evitadas no país, o painel de especialistas científicos calculou a taxa de mortalidade média em países como França, Canadá, Alemanha, Itália, Japão ou Reino Unido e comparou-a à taxa de mortalidade nos EUA.
NEW @TheLancet Commission assesses the devastating impact of the #Trump administration on every aspect of health in 🇺🇸 and calls for sweeping reforms to reverse the deteriorating health of the US population. Read now: https://t.co/SWPkWMXjfS #FutureHealthUSA pic.twitter.com/FEicYyZzz4
— The Lancet (@TheLancet) February 11, 2021
"Os Estados Unidos saíram-se tão mal com esta pandemia, mas a trapalhice não pode ser só atribuída ao senhor Trump, também tem a ver com falhas societais... e isso não se vai resolver com uma vacina", indicou ao Guardian Mary Bassett, membro do painel e diretora do centro para saúde e direitos humanos da Universidade de Harvard.
Recorde-se que, desde o início da pandemia, os Estados Unidos acumularam 471.184 óbitos e 27.279.523 casos da doença, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
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