Na proposta de liberdade condicional é valorizado o "prognóstico favorável de Rato", que entrou na prisão "voluntariamente", é "septuagenário", teve um comportamento prisional "adaptado" e fez, de uma forma "positiva", o programa de reintegração.
A comissão que elaborou o documento aprovado também toma em consideração a "antiguidade" dos acontecimentos pelos quais foi condenado e cuja responsabilidade civil pagou "integralmente", bem como o comportamento que manteve durante a sua situação de semiliberdade.
Desde outubro do ano passado que Rodrigo Rato já se encontrava a cumprir um regime de semiliberdade e a ser controlado através de uma pulseira eletrónica.
O antigo diretor-geral do FMI e ex-ministro da Economia espanhol deu entrada na prisão em outubro de 2018 para cumprir uma pena de quatro anos e meio pelo seu envolvimento no escândalo financeiro dos "cartões black" do banco Caja Madrid.
O ex-banqueiro foi condenado em fevereiro de 2017 pelo desvio de fundos da Caja Madrid, que agora se chama Bankia, entidade a que presidiu de 2010 a 2012.
O escândalo dos "cartões black" (negro em inglês, a cor dos cartões de crédito) era um esquema que a Caja Madrid dava aos seus dirigentes e pessoas de confiança, para pagar despesas pessoais sem limite e sem declarar nada ao fisco.
Rodrigo de Rato foi membro do Partido Popular (direita), que o expulsou na sequência deste escândalo financeiro.
O economista foi vice-presidente e ministro da Economia do Governo de José María Aznar, entre 1996 e 2004, e diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), de junho de 2004 até junho de 2007.
Leia Também: Governos africanos pedem ao FMI acesso a 500 mil milhões contra pandemia