O ministro da Saúde, Hamad Hassan, que esteve no aeroporto de Beirute para receber as 28.500 doses que chegaram da Bélgica, disse que o sonho se tornou realidade graças ao apoio dos parceiros internacionais.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e o Banco Mundial (BM) anunciaram que irão supervisionar "independentemente" o armazenamento e distribuição das primeiras vacinas cobertas pelo financiamento do BM.
"A vacina alcançará todos os cidadãos libaneses em todo o país", insistiu Hassan.
O país com cerca de seis milhões de pessoas, incluindo mais de um milhão de refugiados sírios e palestinianos, espera dois milhões de doses de vacinas Pfizer/BioNTech, que chegarão gradualmente nas próximas semanas.
A primeira fase da vacinação, que irá abranger o pessoal médico e pessoas com mais de 75 anos, começará no domingo com equipas médicas de três hospitais em Beirute, incluindo o hospital Rafic Hariri, a principal instituição pública mobilizada contra a pandemia.
"É o melhor presente que se pode pedir no Dia dos Namorados", disse Firass Abiad, diretor deste hospital, no Twitter.
O primeiro-ministro demissionário, Hassan Diab, de 61 anos, também deve ser vacinado no domingo, de acordo com os seus serviços.
Meio milhão de pessoas inscreveram-se na plataforma online para serem vacinadas, segundo o ministério.
De acordo com uma pesquisa publicada no início de fevereiro por um instituto privado, 38% das 500 pessoas questionadas não querem ser vacinadas, enquanto 31% querem e 31% estão indecisas.
O Líbano pretende obter um total de cerca de seis milhões de doses de vacinas, incluindo 2,7 milhões através da plataforma internacional Covax, lançada para ajudar os países mais desfavorecidos.
O Líbano contabilizou oficialmente 334.086 casos de covid-19, incluindo 3.915 mortes, desde o início da pandemia.
O país tem registado um aumento de casos devido à flexibilização das restrições durante o período de férias e à disseminação de variantes mais contagiosas.