"Debatemos os temas correntes da questão da Transnístria. Conversámos sobre os problemas que enfrentam as populações no [rio] Dniestre, e sublinhámos a nossa decisão de encontrar soluções exclusivamente pacíficas para juntar as duas margens", afirmou, citada pela agência Moldpres, na sequência da reunião com a dirigente sueca e atual responsável da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Segundo Sandu, "as pessoas que vivem na margem esquerda do Dniestre são cidadãos plenos da Moldávia".
A recém-empossada Presidente que dirige um país do tamanho do Alentejo (33.846 quilómetros quadrados e cerca de 2,6 milhões de habitantes, excluindo a Transnístria), assinalou que a Suécia apoiou durante anos o roteiro europeu da Moldávia e agradeceu o apoio de Estocolmo a Chisinau, a capital moldava.
"Informei os nossos parceiros suecos sobre as ações que empreendemos para limpar a justiça e combater a corrupção, e sobre a situação política interna e as nossas prioridades futuras", acrescentou Sandu.
A atual presidente da OSCE deslocou-se hoje a Chisinau para impulsionar o diálogo entre as autoridades moldavas e os dirigentes separatistas da Transnístria, onde também se deslocou para um encontro com o líder desta região, Vadim Krasnoselski.
Durante a vista de Linde, o presidente da autoproclamada república da Transnístria recordou tratar-se da primeira visita de um diplomata sueco à cidade de Bender em 313 anos, quando o rei Carlos XII iniciou a campanha russa, informou o portal transnístrio Novostiprm.com.
Após reunir-se com representantes das duas partes, Linde assegurou sentir-se "motivada pela clara mensagem de apoio ao processo de diálogo" entre Chisinau e Tiraspol, a capital desta região.
"Ainda permanecem desafios e os pequenos passos, mas concretos, são importantes para mantermos o caminho. As minhas conversações aqui estiveram focadas em passos concretos para incrementar este processo a um novo nível", afirmou em conferência de imprensa.
A presidente em funções da OSCE defendeu a "independência, soberania e integridade territorial" da Moldávia e referiu-se à possibilidade de um "estatuto especial" para a região separatista.
A Transnístria, um território com 4.163 quilómetros quadrados e cerca de 500.000 habitantes, na sua maioria eslavos, separou-se da Moldávia -- uma ex-república situada entre a Roménia e a Ucrânia --, após um conflito armado (1992-1993) em que obteve apoio da Rússia.
Desde o final do conflito, com um balanço de centenas de mortos e que permanece "congelado", a Moldávia pretende a integração dos dois territórios divididos pelo rio Dniestre, uma intenção rejeitada pelos separatistas.
Em setembro de 2006, 97% dos habitantes da Transnístria votaram em referendo a favor da independência e da futura integração na Federação da Rússia.
Leia Também: AO MINUTO: Testagem não pode ser feita "à toa". Corvo inicia vacinação