Numa conferência de imprensa na capital polaca, Tusk disse ser a favor da manutenção dos contactos entre a UE e o Reino Unido mesmo após o Brexit e propôs a Starmer a realização da primeira cimeira informal do Conselho Europeu sob a presidência polaca com a participação de uma delegação britânica.
"O que temos de fazer é aproximar o mais possível a União Europeia e o Reino Unido. E, claro, isto aplica-se principalmente à nossa cooperação no domínio da segurança e da defesa", disse o chefe do governo polaco.
Tusk saudou o envolvimento do Reino Unido no reforço da segurança na região, destacando a presença de soldados e aviões de combate britânicos na Polónia.
Starmer, por sua vez, elogiou o empenho da Polónia na segurança europeia, sublinhando o seu papel de "guardiã do flanco oriental da NATO", e referiu-se ao Reino Unido e à Polónia como "as potências militares mais fortes da Europa".
Tusk e Starmer anunciaram ainda a negociação de um acordo de cooperação bilateral que incluirá o reforço da cooperação em matéria de segurança marítima nos mares Báltico e do Norte, face a eventuais atos de sabotagem.
"Vamos prevenir eficazmente os atos de sabotagem e, se necessário, vamos também agir, como a Finlândia já fez, se os incidentes voltarem a ocorrer no Mar Báltico", disse Tusk, acrescentando que a resposta dos aliados será decisiva e que a vigilância será também alargada ao Mar do Norte.
Esta colaboração incluirá a utilização de tecnologia de ponta, como a inteligência artificial, para monitorizar atividades marítimas suspeitas, incluindo a chamada "frota fantasma", navios com identificação falsa que exportam petróleo da Rússia para contornar as sanções contra este país.
"Temos plena confiança um no outro nestes tempos difíceis, com incerteza geopolítica e uma guerra na nossa fronteira oriental", afirmou o líder polaco.
Tusk sublinhou ainda que, no que diz respeito à guerra na Ucrânia, os dois partilham opiniões idênticas.
"Com o Reino Unido e pessoalmente com o primeiro-ministro, temos opiniões idênticas sobre a situação na Ucrânia, sobre a agressão russa contra a Ucrânia; opiniões idênticas sobre o que deve ser feito, como devemos atuar em termos de apoio à Ucrânia", disse.
Antes do encontro com Tusk, Starmer reuniu-se também com o Presidente Andrzej Duda.
O primeiro-ministro britânico também visitou o campo de extermínio de Auschwitz o que o levou a refletir sobre a necessidade de defender a verdade sobre o Holocausto e de combater o antissemitismo e o ódio em todas as suas formas.
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