"Há um movimento crescente a favor da equidade na distribuição das vacinas e agradeço aos líderes mundiais que estão a responder ao desafio", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
O presidente norte-americano, Joe Biden, deverá anunciar hoje na cimeira do G7 que os Estados Unidos vão começar a injetar 4.000 milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros) no plano de vacinação internacional COVAX, destinado aos países desfavorecidos.
Na mesma reunião, a presidente da Comissão Europeia vai anunciar a proposta de duplicar, de 500 para 1.000 milhões de euros, a contribuição da União Europeia para o programa COVAX.
Ursula von der Leyen deverá também anunciar uma contribuição de 100 milhões de euros de ajuda humanitária a favor da campanha de vacinação no continente africano, segundo fontes diplomáticas.
No mesmo sentido, o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, indicou hoje que Berlim vai disponibilizar mais 1,5 mil milhões de euros para a luta mundial contra a pandemia do coronavírus, incluindo para o programa COVAX, para medicamentos e testes.
"É necessário que os países partilhem as doses, aumentem a produção e garantam um abastecimento de vacinas para que todos, em qualquer lugar, possam imunizar-se", assinalou o diretor-geral da OMS.
Tedros Adhanom Ghebreyesus falava no mesmo dia em que se cumpre metade do prazo de 100 dias fixado pela OMS para que a vacina chegasse a todos os países do planeta.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,4 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.
Leia Também: Redução de casos na Europa permite reforçar sistemas de saúde, diz OMS