A Ministra da Saúde do Ontário, Christine Elliott, afirmou que esta é uma decisão difícil mas necessária.
Eileen de Villa, oficial médica de saúde de Toronto, pediu ao Governo provincial esta semana para prolongar a ordem de permanência em casa e encerramento de serviços, afirmando que nunca esteve tão preocupada com o futuro por causa das novas variantes do coronavírus.
O Presidente da Câmara de Toronto, John Tory, apoiou o pedido e disse que queria que este fosse o último confinamento.
As restrições em Toronto tiveram início a 23 de novembro, após uma segunda vaga de infeções ter atingido a província.
Os cientistas dizem que a variante do Reino Unido encontrada em Ontário se espalha mais facilmente e é provavelmente mais mortal, mas até agora as vacinas existentes parecem ser eficazes contra ela.
O Canadá tem tido escassez de vacinas até esta semana. O Governo federal espera receber seis milhões de doses antes do final de março e mais de 20 milhões de doses em abril, maio e junho.
O Canadá tem uma população de 37 milhões de habitantes e uma grande comunidade portuguesa residente.
As escolas acabaram de reabrir em Toronto esta semana e as lojas de venda a retalho tinham sido programadas para reabrir no dia 22.
"Eu sei que estamos cansados. Sei que todos nós nos sacrificámos muito. Mas há esperança no horizonte. O Governo federal garantiu-nos que as vacinas, de que necessitamos desesperadamente, estão a caminho", disse o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford.
A ordem de permanência em casa foi levantada para a maioria da província no início desta semana, quando o Governo avançou com uma reabertura económica, apesar dos avisos de que a medida poderia desencadear uma terceira vaga de infeções.
Toronto, e o Canadá, achataram anteriormente a curva epidémica e estão a fazê-lo novamente nesta segunda vaga.
Theresa Tam, Chefe da Saúde Pública do Canadá, disse que existem atualmente menos de 33.000 casos ativos no país, uma queda de 60% em comparação com o mês anterior.
Contudo, reconheceu que o Canadá pode não ser capaz de evitar uma rápida aceleração dos casos diários, previstos chegar aos 20.000 até meados de março, sem vigilância contínua.
"Estamos num ponto crítico da pandemia e os nossos esforços começaram a fazer pender a balança a nosso favor", disse a responsável, acrescentando: "Proteger o nosso progresso e limitar o impacto de variantes preocupantes exigirá uma ação mais forte".
Leia Também: Galo de Barcelos gigante a caminho do Little Portugal de Toronto