"Uma reunião entre os ministérios da saúde palestiniano e israelita ocorreu para tentar limitar a disseminação das novas variantes" do SARS-CoV-2, disse a tutela palestiniana em comunicado, citado pela France-Presse (AFP), acrescentando que "foi acordado vacinar 100 mil palestinianos que trabalham em Israel".
Contudo, o Ministério da Saúde palestiniano não especificou quando começaria esta campanha de vacinação ou os critérios que vão ser utilizados.
Contactadas pela AFP, as autoridades israelitas não confirmaram o acordo anunciado pela fação palestiniana.
O Ministério da Saúde de Israel apenas confirmou, em comunicado, que ocorreu uma reunião entre ambas as partes, complementada com um 'briefing' sobre a situação epidemiológica e com uma visita a um hospital.
Israel e os palestinianos compartilham uma realidade geográfica comum, razão pela qual a disseminação da pandemia no território palestiniano "pode ter um impacto" no lado israelita.
No início da pandemia, um acordo firmado proibiu a travessia de trabalhadores palestinianos da Cisjordânia ocupada, obrigando os trabalhadores que quisessem manter os postos de trabalho a permanecer em Israel.
Fontes oficiais revelaram que milhares de trabalhadores palestinianos optaram por ficar no território israelita, onde os salários são mais elevados.
Pelo menos 47% da população israelita já recebeu a primeira dose de uma das vacinas contra o SARS-CoV-2. Por seu turno, no território palestiniano apenas uma parte dos profissionais de saúde foram inoculados.
Israel contabilizou mais de 744 mil infeções desde o início da pandemia, das quais pelo menos 5.530 pessoas morreram.
O território palestiniano registou mais de 117 mil contágios e pelo menos 1.400 óbitos na Cisjordânia, e 54.180 infeções e 540 mortes em Gaza.
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