Os factos pelos quais o 'rapper' foi condenado remontam a 2014 e 2016, quando publicou uma canção no YouTube e dezenas de mensagens na rede social Twitter, acusando as forças da ordem espanholas de tortura e de homicídios.
Na quinta-feira, um tribunal de Lérida confirmou outra sentença de dois anos e meio para Hasél, por ameaçar uma testemunha num julgamento contra a polícia urbana.
Os confrontos começaram na terça-feira à noite na Catalunha, poucas horas após a prisão de Pablo Hasél.
A mobilização espalhou-se então, no dia seguinte, a outras cidades, como Granada e Sevilha (sul), assim como a Madrid.
Ao todo, quase uma centena de pessoas foram presas desde terça-feira e muitas outras ficaram feridas, incluindo uma jovem que perdeu um olho em Barcelona, provavelmente após um tiro de bala de borracha da polícia.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, considerou sexta-feira inadmissível qualquer tipo de violência e garantiu que o seu executivo garantirá a segurança.
Sánchez falou pela primeira vez publicamente sobre os distúrbios, que foram encorajadas pelo líder do grupo parlamentar do Podemos (extrema-esquerda), parceiro do Partido Socialista (PSOE) na coligação governamental.
O líder do grupo parlamentar do Podemos, Pablo Echenique, tem estado no centro da controvérsia, depois de ter enviado uma mensagem no Twitter em que dava o seu apoio aos manifestantes, ao mesmo tempo que decorriam os confrontos com a polícia.
"Todo o meu apoio aos jovens antifascistas que exigem justiça e liberdade de expressão nas ruas", escreveu ele.
O caso tem provocado ondas de choque também em Portugal e sexta-feira mais de cem artistas e outros profissionais da área cultural portuguesa assinaram um manifesto e uma petição pública de apelo à libertação do 'rapper' espanhol, e a exigir que o governo português "se distancie da condenação do artista".