Autoridades confiscam 33 pangolins e prendem envolvidos no tráfico
As autoridades moçambicanas confiscaram, entre 2019 e 2020, um total de 33 pangolins, animal protegido, e detiveram vários moçambicanos e estrangeiros envolvidos no tráfico, anunciou hoje, em comunicado, a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
© Lusa
Mundo Moçambique
Segundo o comunicado, alusivo ao Dia do Pangolim, os traficantes foram detidos nas províncias de Sofala, Tete e Manica, no centro do país, e Maputo, no sul.
"O comércio ilegal da fauna bravia é considerado, atualmente, o quarto maior negócio ilegal transnacional, depois das drogas, armas e tráfico humano", lê-se no documento, acrescentando que o pangolim é o mamífero mais traficado no mundo.
No dia 20 assinalou-se o Dia Mundial do Pangolimque em Moçambique foi celebrado sob o lema "Proteja o pangolim, salve-o da extinção", como forma de persuadir os cidadãos a refletirem sobre a necessidade de proteger e conservar o mamífero.
Durante o período das celebrações, a ANAC e parceiros estão a realizar "várias atividades de educação, divulgação e sensibilização" em defesa de umaespécie que tem "um papel importante na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas".
Moçambique tem em vigor uma lei de conservação da biodiversidade "com penas que podem atingir os 16 anos de prisão e multas diversas para os mandantes, caçadores, traficantes entre outros intervenientes no negócio ilegal de produtos da vida selvagem".
De acordo com dados avançados pela ANAC, na região da África Austral estima-se que cerca de 50 mil pangolins são abatidos por ano para comercialização ilegal, chegando a superar o marfim e o corno de rinoceronte.
Entre 2009 e 2019 cerca de um milhão de pangolins foram traficados para o mercado negro asiático, segundo dados do Programa Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
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