"A terceira vaga [da pandemia] atingiu a Hungria" e nas próximas semanas, "poderá haver um aumento dramático" do número de infeções, afirmou o ministro do Interior, Gergely Gulyás, em conferência de imprensa por videoconferência.
Por isso, "o Governo decidiu manter as medidas de restrição até 15 de março", ou seja, mais duas semanas do que o anunciado anteriormente, referiu.
A Hungria, com 9,7 milhões de habitantes, regista atualmente uma tendência de aumento no número de infeções diárias e, nas últimas 24 horas, foram confirmados 4.385 novos casos além de 120 mortes por covid-19.
As atuais restrições incluem, entre outras medidas, recolhimento obrigatório entre as 20:00 e as 05:00, encerramento de restaurantes, bares, museus, teatros, cinemas e ginásios, além do uso obrigatório de máscara em lojas e transportes.
O país da Europa Central começou na quarta-feira a vacinação da população com o medicamento chinês Sinopharm, do qual já adquiriu 550 mil doses.
Segundo dados das autoridades sanitárias, 508.073 húngaros já receberam pelo menos a primeira dose de vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Moderna, Sinopharm ou da russa Sputnik V.
A Hungria é, até agora, o único Estado-membro da União Europeia a usar vacinas da China e da Rússia, ainda não autorizadas pelas autoridades comunitárias.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.486.116 mortos no mundo, resultantes de mais de 112 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.136 pessoas dos 800.586 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em números globais, quase 38 milhões de pessoas na região europeia foram infetadas e cerca de 850 mil morreram com covid-19.
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