Covid-19: Vacina alemã BioNtech chega a Macau

A vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório alemão BioNtech chegou hoje a Macau e começa a ser disponibilizada aos residentes a partir de quarta-feira.

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Lusa
27/02/2021 09:35 ‧ 27/02/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Desde que o Governo de Macau iniciou o plano de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 no passado dia 09, quase 12 mil pessoas foram já vacinadas com a chinesa Sinopharm e mais de 29 mil agendaram a vacinação, de acordo com um comunicado.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus lembrou que a autorização da Agência de Medicamentos da UE indica que a vacina da BioNtech de mRNA pode ser administrada a pessoas com 16 ou mais anos, sendo adequada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Já a vacina chinesa Sinopharm, que está a ser administrada desde o início do plano de vacinação, deve ser dada a pessoas com idades entre os 18 e os 59 anos, acrescentou.

A vacina de mRNA da alemã BioNtech, distribuída na China pela empresa Xangai Fosun Pharmaceutical, chegou ao aeroporto internacional de Hong Kong esta manhã, proveniente de Frankfurt, na Alemanha.

Estas primeiras 100 mil doses, que chegaram a Macau através da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e estão agora armazenadas no Centro Hospital Conde de São Januário, foram também distribuídas na região administrativa especial chinesa de Hong Kong, de acordo com um comunicado da Fosun Pharma.

Com a denominação comercial COMIRNATY, a vacina mRNA previne a covid-19 através da criação de anticorpos pelo sistema imunitário contra o coronavírus, com uma taxa de proteção de 95% nos adultos e de 94% em adultos com mais de 65 anos, acrescentou.

A mRNA é uma molécula natural que usa a sequência genética do vírus, mas não o vírus em si, para desencadear a produção de uma proteína, que ativa a resposta do sistema imunitário contra o agente da doença, indicou.

A população, 683 mil residentes, pode escolher entre as vacinas Sinopharm, BioNtech e AstraZeneca, que deve chegar a partir de junho.

Além dos residentes, trabalhadores não residentes (TNR), alunos autorizados a permanecer em Macau e reclusos vão ter acesso gratuito à vacina, cuja administração está a ser realizada em 12 centros de saúde e no hospital Conde de São Januário.

Os restantes não residentes de Macau, mas legalmente autorizados a permanecer no território, vão pagar a taxa de administração da vacina de 250 patacas (cerca de 26 euros) por cada dose de vacina, de acordo com o decreto publicado no Boletim Oficial do território.

O território vai receber, ao todo, cerca de 1,3 milhões de doses, 400 mil de cada uma das três marcas, e participa também na plataforma global Covax, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI).

Macau, que mantém fortes restrições fronteiriças, não registou qualquer morte entre os 48 casos detetados desde o início da pandemia de covid-19. As autoridades não identificaram também qualquer surto local ou casos entre o pessoal da linha da frente.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.508.786 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.243 pessoas dos 802.773 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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