"Angola é um dos primeiros países a receber a vacina e isso é fruto do trabalho que o Governo angolano e o Ministério da Saúde tem desenvolvido com os seus parceiros há muitos meses, para que estejamos prontos para isso", disse Djamila Cabral.
A representante da OMS falava após a inauguração do primeiro depósito central de vacinas, em Luanda, no mesmo dia em que Angola recebeu as primeiras 624.000 doses doadas no âmbito da Covax.
"Esta é a primeira fase, (...) mas a luz está lá no fundo", acrescentou a responsável da OMS, salientando que o papel do organismo internacional é apoiar durante toda a fase de preparação e seleção das vacinas e dos países.
"Estamos muito felizes hoje, estamos a dar um passo muito importante para ir na direção do controlo desta fase aguda da epidemia na região africana", sublinhou Djamila Cabral.
A responsável destacou o papel de liderança da OMS na distribuição equitativa das vacinas no mundo.
"Temos estado a fazer apelos, temos estado a trabalhar com os doadores e com os países para que possam não somente financiar o mecanismo Covax, mas também doar vacinas", explicou, destacando o exemplo de Portugal, que anunciou recentemente que 5% das vacinas adquiridas seriam destinadas aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.
A responsável da OMS lembrou também que "nenhum país estará seguro" enquanto todos não estiverem seguros: "É importante que a vacinação possa ser feita no mundo inteiroe o mecanismo Covax foi criado mesmo para isso, para garantir que pelo menos 20% da população de cada país fosse vacinada", frisou.
A entrega de vacinas a Angola faz parte de uma primeira ronda de atribuição da Covax que continuará nos próximos dias e semanas, a nível mundial e em toda a região africana, prevendo-se que sejam entregues ao país lusófono 2,5 milhões de doses de vacinas AstraZeneca/Oxford até meados deste ano.
Angola registou até segunda-feira um total de 20.807 casos positivos de covid-19, dos quais 508 óbitos, tendo recuperado 19.322 pessoas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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