Na sua primeira aparição pública desde que foi alvo de alegações de assédio sexual por parte de três mulheres, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, mostrou-se “envergonhado”, sublinhou que “aprendeu uma importante lição” sobre o seu comportamento junto de mulheres, mas recusou demitir-se, adianta a Associated Press.
Após serem conhecidas as acusações de assédio sexual vários membros do Partido Democrata – o partido ao qual o governador está afiliado – pediram a Cuomo que apresentasse a demissão.
“Agora compreendo que agi de uma forma que fez com que as pessoas se sentissem desconfortáveis. Não foi intencional e verdadeiramente e profundamente peço desculpas por isso”, frisou esta quarta-feira numa conferência de imprensa.
Cuomo acrescentou que vai “cooperar totalmente” na investigação às alegações de assédio sexual, que vai ficar sob a alçada da procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James.
O governador já foi acusado de assédio sexual por três mulheres. Uma antiga funcionária, Charlotte Bennett, de 25 anos, revelou que Cuomo inquiriu-a sobre a sua vida sexual e perguntou-lhe se estaria disponível para uma relação com um homem mais velho. Andrew Cuomo afirmou depois que estava a ser “brincalhão” e que as suas piadas foram mal interpretadas.
Outra ex-funcionária, Lindsey Boylan, referiu que Cuomo comentou a sua aparência de forma inapropriada e beijou-a sem o seu consentimento no final de uma reunião. Boylan contou ainda que o governador chegou a sugerir-lhe que jogassem strip poker durante um voo no jato do estado de Nova Iorque.
Cuomo negou as alegações de Boylan.
Mais recentemente, Anna Ruch disse ao The New York Times que Cuomo perguntou se podia beijá-la durante um casamento que decorreu em setembro de 2019.
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