O momento da vacinação foi divulgado pelo próprio chefe de Estado numa mensagem através do Twitter, que fez acompanhar por um vídeo, em que além dos dois a ser vacinados é possível ver vários profissionais de saúde.
"Compartilho o momento em que, junto com Cília Fores, recebemos a primeira dose da Sputnik V. Com esta vacina imunizamos grande parte do nosso pessoal médico, e preparamo-nos, adicionando outras vacinas para proteger todo o nosso povo", escreveu.
Segundo a imprensa venezuelana, daqui a 21 dias ambos devem receber a segunda dose da vacina russa.
"Já levamos (usámos) 60% das vacinas russas e segunda-feira arrancamos com as chinesas (...) a nível mundial todos os estudos dizem que a vacina russa é uma vacina de grande poder para gerar imunidade", explica no vídeo.
Nicolás Maduro afirmou ainda que "há escassez de vacinas no mundo" e que "quase 40 países estão colocando a vacina russa e a União Europeia a está estudando (...) tenho muita fé na combinação entre as vacinas russa, chinesa e cubana".
Por outro, adiantou que foi assinado "um acordo com a Organização Panamericana da Saúde, a Organização Mundial da Saúde, para que libertem 300 milhões de dólares (251,7 milhões de euros) que têm sequestrado (em bancos) na Inglaterra".
Na sexta-feira o Presidente Nicolás Maduro ordenou suspender, a partir de 05 de março, todas as atividades públicas, quer do Governo, quer do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), até que a "melhore" a situação da pandemia.
"Decidimos, na comissão (para a prevenção da covid-19) limitar os atos e mobilizações públicas, enquanto saímos da situação de alarme pela chegada da variante brasileira", disse.
A suspensão acontece depois de terem sido detetados 10 casos de pacientes infetados com a variante brasileira do novo coronavírus no estado de Bolívar (sul do país, fronteiriço com o Brasil), na cidade de Caracas e no vizinho estado de Miranda.
Entre os atos suspesos está uma marcha, prevista para 08 de março, que iria assinalar o Dia Internacional da Mulher.
A Venezuela recebeu, na terça-feira, meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm contra a covid-19, horas depois de o Governo venezuelano ter aprovado o seu uso no país.
O país recebeu em 13 de fevereiro as primeiras 100 mil doses da vacina russa Sputnik-V, que, segundo o Presidente Nicolás Maduro, foram destinadas à população mais vulnerável, para reduzir a transmissão local do novo coronavírus.
Segundo a imprensa local, a vacinação começou cinco dias depois e, segundo a imprensa local, os idosos foram excluídos.
Em 17 de fevereiro, Nicolás Maduro anunciou que previa iniciar a imunização geral da população a partir de abril, com vacinas da Rússia, China, Cuba e da plataforma Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Academia Nacional de Medicina (ANM) da Venezuela indicou que o país necessita de 30 milhões de vacinas para imunizar 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões de maneira prioritária.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 141.356 casos da covid-19, desde o início da pandemia, em março de 2020. Há ainda 1.371 mortes associadas ao novo coronavírus e 133.454 pessoas recuperaram da doença.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.581.034 mortos no mundo, resultantes de mais de 116 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Comparto el momento en el que, junto a @ConCiliaFlores, nos aplicamos la primera dosis de la Sputnik V. Con esta vacuna hemos inmunizado a gran parte de nuestro personal médico, y nos preparamos, sumando otras vacunas para proteger a todo nuestro pueblo. https://t.co/TczAeBBKp3
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) March 6, 2021
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