No avião de regresso a Roma, após uma visita histórica de três dias ao Iraque, o Papa Francisco falou aos jornalistas sobre esta viagem. Questionado sobre a realização da visita num momento de agravamento da situação epidemiológica da Covid-19 no país, o Sumo Pontífice defendeu a sua decisão de manter a viagem após muitas orações e contemplação, e sugeriu que Deus vai proteger do vírus aqueles que o foram ver, adianta a Reuters.
“As viagens pairam ao longo do tempo na minha consciência. E isto [a ameaça do vírus] foi uma das coisas que mais me fez pensar ‘talvez, talvez’”, afirmou o Papa Francisco.
“Pensei muito nisso, rezei muito sobre isto. E no final tomei a decisão de livre vontade. Veio de dentro e eu disse ‘aquele que me permite decidir desta forma vai olhar pelas pessoas’”, acrescentou, numa aparente alusão a Deus.
Apesar de admitir que esta viagem ao Iraque o deixou muito fatigado, o Sumo Pontífice referiu que se sentia “renascido” depois de se ter “sentido como se estivesse preso” por causa das restrições impostas por causa da pandemia.
A visita de três dias foi marcada por diversas enchentes – como estava previsto - o que gerou preocupação dos especialistas de saúde pública. Se no caso dos eventos que ocorreram em espaços fechados foram respeitadas as regras, como o uso de máscara e o distanciamento social, o panorama foi diferente nos eventos no exterior.
Este domingo, por exemplo, cerca de dez mil pessoas assistiram a uma missa celebrada no estádio de Erbil. A maioria não usou máscara nem cumpriu o distanciamento social.
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