Governo moçambicano e Renamo alargam processo de desarmamento para Manica

O Governo de Moçambique e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) lançaram hoje o processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição na província de Manica, no âmbito do Acordo de Paz de 2019.

Notícia

© Lusa

Lusa
08/03/2021 16:04 ‧ 08/03/2021 por Lusa

Mundo

Moçambique

"O DDR veio para ficar, é uma realidade. Aos abrangidos pela desmobilização, gostaríamos de dizer que, a partir de hoje, vão trabalhar com outros moçambicanos na construção do país", disse o secretário-geral da Renamo, André Magibire, durante a cerimónia em Chiuala, distrito de Barué, Manica.

O acordo de paz em Moçambique foi assinado em agosto de 2019 pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e pelo presidente da Renamo, Ossufo Momade, prevendo, entre outros aspetos, o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo.

Desde o seu arranque, o processo foi sempre conduzido na província de Sofala e esta é a primeira vez que abrange membros da antiga guerrilha da Renamo em Manica, também no centro de Moçambique.

Nesta fase, a ambição das duas partes é atingir 782 guerrilheiros dos mais de 5.000 que se espera que abandonem as armas até ao fim do processo.

O secretário-geral da Renamo apelou novamente à adesão maciça ao processo, destacando a paz como condição para o desenvolvimento do país.

"Em qualquer situação de incompreensão, você deve encontrar outras formas de resolver os problemas, já que está demonstrado que as armas só trazem azar", frisou André Magibire.

Também o secretário de Estado em Manica, Edson Macuacua, destacou a importância do processo para o desenvolvimento de Moçambique, enaltecendo o esforço do chefe de Estado moçambicano.

"Este momento ficará marcado de forma indelével na história da reconstrução deste país", afirmou Edson Macuacua, acrescentando que este é o resultado da "diplomacia silenciosa do Presidente Filipe Nyusi".

Apesar de progressos registados, nomeadamente a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em agosto de 2019, um grupo de dissidentes, a autoproclamada Junta Militar da Renamo, tem feito ataques armados no centro de Moçambique, incursões que já provocaram a morte de 30 pessoas e vários feridos.

A Junta liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e as condições para a desmobilização decorrentes do acordo de paz.

Leia Também: Moçambique recebe mais 484 mil doses de vacina

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas