"#Birmânia: estamos profundamente preocupados com o destino de 200 manifestantes pacíficos -- entre eles mulheres -- que foram detidos pelas forças de segurança em Rangum e que correm o risco de serem presos ou mal tratados. Instamos à polícia que permita que saiam com segurança e sem retaliações", escreveu na rede social Twitter o gabinete de Michelle Bachelet.
Os manifestantes estiveram hoje no bairro de Sanshaung, onde foram cercados pelas forças de segurança, disse um porta-voz do Alto Comissariado.
Segundo o porta-voz, outros manifestantes seguiram para o bairro para pressionar a polícia para libertar os detidos.
Cerca das 22:00 locais (15:30 em Lisboa), a polícia começou a abrir fogo e a fazer prisões.
#Myanmar: We are deeply concerned about the fate of some 200 peaceful protestors – incl. women – who have been cordoned by security forces in Yangon, and may be at risk of arrest or ill-treatment. We urge the police to immediately allow them to leave safely and without reprisals.
— UN Human Rights (@UNHumanRights) March 8, 2021
Enquanto alguns moradores conseguiram voltar para casa, outros ainda estão nas ruas e teme-se que as forças de segurança possam ir de habitação em habitação à procura dos manifestantes, acrescentou o porta-voz.
A violenta repressão sobre os manifestantes que protestam contra o golpe de Estado na Birmânia, ocorrido a 01 de fevereiro, já causou mais de 50 mortos, todos abatidos pelas forças militares e policiais.
Myanmar regista hoje mais uma jornada de protestos nas principais cidades do país.
O movimento pede também a libertação dos políticos presos e que foram eleitos nas eleições do ano passado, entre os quais a líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, deposta pelos militares.
Desde o golpe de Estado, os militares detiveram cerca de 1.800pessoas, sendo que mais de 310foram, entretanto, libertadas, de acordo com a Associação de Assistência a Presos Políticos.