ONU preocupada com detenção de 200 manifestantes em Myanmar

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) manifestou-se hoje "preocupado" com o destino de 200 manifestantes, entre eles mulheres, detidos durante a tarde pelas forças de segurança birmanesas em Rangum, em Myanmar (antiga Birmânia).

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© REUTERS/Denis Balibouse

Lusa
08/03/2021 17:52 ‧ 08/03/2021 por Lusa

Mundo

Myanmar

"#Birmânia: estamos profundamente preocupados com o destino de 200 manifestantes pacíficos -- entre eles mulheres -- que foram detidos pelas forças de segurança em Rangum e que correm o risco de serem presos ou mal tratados. Instamos à polícia que permita que saiam com segurança e sem retaliações", escreveu na rede social Twitter o gabinete de Michelle Bachelet.

Os manifestantes estiveram hoje no bairro de Sanshaung, onde foram cercados pelas forças de segurança, disse um porta-voz do Alto Comissariado.

Segundo o porta-voz, outros manifestantes seguiram para o bairro para pressionar a polícia para libertar os detidos.

Cerca das 22:00 locais (15:30 em Lisboa), a polícia começou a abrir fogo e a fazer prisões.

Enquanto alguns moradores conseguiram voltar para casa, outros ainda estão nas ruas e teme-se que as forças de segurança possam ir de habitação em habitação à procura dos manifestantes, acrescentou o porta-voz.

A violenta repressão sobre os manifestantes que protestam contra o golpe de Estado na Birmânia, ocorrido a 01 de fevereiro, já causou mais de 50 mortos, todos abatidos pelas forças militares e policiais.

Myanmar regista hoje mais uma jornada de protestos nas principais cidades do país.

O movimento pede também a libertação dos políticos presos e que foram eleitos nas eleições do ano passado, entre os quais a líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, deposta pelos militares.

Desde o golpe de Estado, os militares detiveram cerca de 1.800pessoas, sendo que mais de 310foram, entretanto, libertadas, de acordo com a Associação de Assistência a Presos Políticos.

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