"Começámos na terça-feira [hoje] a vacinar o pessoal médico e outros funcionários nos hospitais de isolamento", disse o diretor do centro de isolamento do ministério, Al-Taher Abderrahmane.
o primeiro lote, que chegou a Cartum a 3 de março, inclui 828.000 doses da vacina anglo-sueca AstraZeneca, que vai ser administrada a cerca de 414.000 profissionais do setor da saúde, de acordo com as autoridades sudanesas.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Sudão é o primeiro país do Norte de África e do Médio Oriente a receber doses da vacina adquiridas através do sistema Covax, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em benefício dos países mais pobres.
"Aqueles que receberam hoje uma primeira dose receberão outra dentro de um mês", acrescentou, no Hospital Jabra, em Cartum.
Ainda através do consórcio Covax, Cartum deverá receber mais 3,4 milhões de doses da vacina até finais de setembro.
Numa conferência de imprensa, na semana passada, o ministro da Saúde, Omar al-Naguib, disse que a vacina seria "gratuita" para grupos prioritários, como o pessoal médico de primeira linha e os idosos.
O Sudão, um país de 43 milhões de pessoas, registou oficialmente mais de 28.500 casos de infeção por covid-19 e 1.900 mortes causadas pela doença.
Desde a demissão, em abril de 2019, do antigo presidente Omar al-Bashir sob pressão popular, o país tem vindo a sofrer uma transição política enfraquecida por uma profunda crise económica, herdada do reinado de 30 anos de al-Bashir, e agravada agora pela pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Leia Também: AO MINUTO: Os cuidados antes da vacina. Teletrabalho como "alicerce"? Não