Uma mulher de 68 anos em estado grave foi a primeira doente checa ser transferida para uma unidade hospitalar no estrangeiro, segundo avançaram as agências internacionais.
A doente foi transferida numa ambulância desde um hospital em Usti nad Orlice, na zona noroeste do país, para a cidade polaca de Racibórz, localizada a cerca de 200 quilómetros de distância, noticiou o canal público CT24, citado pela agência espanhola EFE.
Devido à alta incidência de contágios pelo novo coronavírus registada no país, o governo checo pediu na sexta-feira à UE para ativar o sistema de alerta rápido e de resposta para doenças transmissíveis, de forma a conseguir transferir pacientes para unidades hospitalares em outros países do espaço comunitário.
Com um registo de 1.395 casos positivos por cada 100.000 habitantes nas últimas duas semanas, a República Checa apresenta a maior taxa de infeções acumulada no espaço europeu.
A República Checa apresenta igualmente o maior número de mortes em relação à sua população, com 207 mortes por cada 100.000 habitantes, seguida da Bélgica (192), Eslovénia (187), Reino Unido (183) e Montenegro (173).
Atualmente, existem 163.034 casos da doença covid-19 ativos no país, um máximo desde o início da crise pandémica, dos quais 8.478 são pessoas que estão hospitalizadas.
O sistema hospitalar da República Checa dispõe, neste momento, de 673 camas disponíveis para doentes covid em situação estabilizada, enquanto as unidades de cuidados intensivos (UCI) podem receber 113 pacientes em estado grave.
A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Só na Europa, a doença já fez 878.311 mortes em 38.809.591 casos recenseados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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