De acordo com a agência noticiosa AFP, os incidentes ocorreram após um grupo de cerca de 200 pessoas encapuzadas se dirigir para a esquadra de Nea Smyrni, uma zona considerada calma de Atenas, onde um jovem foi espancado com matracas no domingo por um polícia durante um controlo das medidas de confinamento.
Os manifestantes lançaram pedras e 'cocktails molotov' contra o comissariado e os polícias responderam com gás lacrimogéneo e canhões de água. Cerca de dez contentores de lixo foram incendiados, implicando a intervenção dos bombeiros, acrescentou a AFP.
Segundo a polícia, um agente foi gravemente ferido na cabeça e transportado para o hospital. Alguns jornalistas e fotógrafos foram ainda abordados por alguns participantes mas sem consequências, indicou ainda a agência noticiosa francesa.
Segundo a polícia, perto de 5.000 pessoas protestaram contra as "derivas policiais", agitando cartazes em que se lia "Polícias fora dos nossos bairros" ou "Os parques foram feitos para sorrir, não para escutar: estou mal".
A polícia anunciou a detenção, antes do início dos confrontos, de manifestantes na posse de 'cocktails molotov' e barras de ferro.
Na tarde de domingo, na praça de Nea Smyrni, a cinco quilómetros do centro da grande metrópole, as imagens de um jovem por terra a ser espancado com uma matraca por um polícia, na presença de pelo menos três outros agentes, tornaram-se virais.
O jovem grita "estou mal", enquanto transeuntes se indignam do comportamento dos polícias.
Segundo a polícia, o incidente começou quando as forças policiais foram atacadas "por 30 pessoas que provocaram ferimentos em dois dos seus agentes", uma versão desmentida por numerosos habitantes de Nea Smyrni.
O procurador ordenou um inquérito preliminar "para examinar os eventuais atos criminais perpetrados por polícias" no domingo em Nea Smyrni, indicou fonte judicial.
A polícia também abriu um inquérito interno sobre o polícia filmado a espancar o jovem.
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