Ministro da Saúde da Eslováquia demite-se para apaziguar crise política

O ministro da Saúde da Eslováquia, Marek Krajci, anunciou hoje a demissão para apaziguar a crise política criada a partir de acusações de má gestão da pandemia de covid-19 por parte do Governo.

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Lusa
11/03/2021 18:06 ‧ 11/03/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Dois partidos menores da coligação impuseram a minha demissão como condição para se manterem no Governo. Não porei quaisquer obstáculos, pelo que me demito das minhas funções, disse Krajci aos jornalistas.

A coligação governamental de centro-direita integra quatro partidos e está sob pressão devido à política desenvolvida no combate ao novo coronavírus, em que a taxa de mortalidade por habitante na Eslováquia é a segunda maior do mundo, apenas atrás da vizinha República Checa.

Duas dessas foças políticas, o SaS e o Za Ludi, têm insistido com frequência na necessidade de uma remodelação ministerial num executivo formado em março de 2020 e que é liderado por Igor Matovik, que é também líder do partido OLaNO, na sequência de uma controversa compra de dois milhões de doses da vacina russa Sputnik V.

Matovik, por seu lado, denunciou uma "decisão imoral dos parceiros" da coligação e defendeu a continuação de Krajci no cargo até que a campanha de vacinação com a vacina russa chegue ao fim.

"Não queremos que ninguém bloqueie a utilização da vacina russa", acrescentou Matovik.

Está ainda por saber quem substituirá Krajci no Governo, ou mesmo se Matovik vai aceitar a demissão.

Segundo os dados oficiais compilados pela agência noticiosa France-Presse (AFP), a Eslováquia, Estado membro da União Europeia (UE) de cerca de 5,4 milhões de habitantes, tem uma das mais altas taxas de contaminação com covid-19 do mundo.

Segundo os dados oficiais mais recentes, a Eslováquia acumulou cerca de 331.000 casos de covid-19, doença associada a 8.244 mortes.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: AO MINUTO: Quatro vezes mais casos do que no desconfinamento de 2020

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