As autoridades de saúde brasileiras notificaram, esta quinta-feira, mais 2.233 óbitos associados à Covid-19, sendo este o segundo dia consecutivo em que o país notifica mais de 2 mil mortes associadas à doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 (ontem foi notificado um novo recorde de mortes num dia desde o início da crise pandémica, com 2.286 óbitos em 24 horas).
No mesmo período, foram contabilizados mais 75.412 novos casos de infeção, o terceiro dia consecutivo acima dos 70 mil novos contágios diários.
Este mês de março, recorde-se, o Brasil tem assistido a uma agravamento de ambos os indicadores, tendo atingido um novo recorde de óbitos (2.286, no dia 10) e de casos (80.508, no dia 7). Neste momento, contam-se 272.889 mortes e mais de 11,2 milhões de infeções acumuladas.
Ainda de acordo com o site do Ministério da Saúde, a incidência de mortes é agora de 130 por cada 100 mil habitantes e a de casos é 4.418 por cada 100 mil habitantes.
Sublinhe-se que o governo de São Paulo e a prefeitura do Rio de Janeiro ampliaram hoje as medidas de restrição. Com o sistema de saúde em risco de colapso, o estado de São Paulo anunciou a implantação de um recolher obrigatório entre as 20:00 e as 5:00 a partir de 15 de março. As medidas valerão por 15 dias.
Perante este cenário, no pior momento da pandemia no país, os membros do governo brasileiro continuam a enveredar por posturas polémicas. O presidente Jair Bolsonaro a criticou as restrições à atividade económica impostas, instou a "trabalhar" e questionou: "Até quando vão chorar?". Um dos seus filhos, o vereador Eduardo Bolsonaro, convidou os jornalistas a "enfiar as máscaras no rabo", quando questionado pela falta dessa forma simples de proteção.
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