"Assim como nas ocasiões anteriores, a operação da próxima semana é privada. Os interessados devem tratar diretamente com a TAP da marcação ou do eventual reaproveitamento de bilhetes aéreos. Tendo em conta o estado de emergência e as restrições vigentes em Portugal, somente poderão ingressar no aeroporto os passageiros com bilhetes confirmados pela TAP", explicou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro em comunicado.
Ainda segundo o executivo, 519 brasileiros já conseguiram regressar ao Brasil nos dois voos anteriores, realizados em 26 de fevereiro e 10 de março.
O Ministério das Relações Exteriores, "por meio da Embaixada em Lisboa e dos Consulados-Gerais em Lisboa, Porto e Faro, seguirá prestando toda assistência cabível aos brasileiros", conclui o comunicado.
Já em 16 de março, no sentido inverso, irá realizar-se um terceiro voo da TAP para repatriamento de portugueses retidos no Brasil, por causa da suspensão das ligações aéreas para o país sul-americano.
"Informa-se que será realizado no dia 16 de março um novo voo, operado pela TAP Air Portugal, entre S. Paulo (Aeroporto Internacional de Guarulhos) e Lisboa, autorizado pelo Governo português e pelas autoridades competentes em matéria de aviação civil", lê-se no comunicado partilhado na quarta-feira pela embaixada de Portugal em Brasília.
De acordo com a mesma nota, o voo terá lugar em condições "inteiramente idênticas" às dos anteriores. Ou seja, trata-se de um voo comercial autorizado pelo Governo português.
Assim, a TAP Air Portugal contactará os passageiros que, sendo portugueses ou cidadãos estrangeiros residentes em Portugal, foram afetados pela suspensão dos voos e manifestaram, junto dos postos consulares portugueses no Brasil, necessidade de regresso imediato a território nacional, não tendo tido ainda possibilidade de o fazer.
Estes contactos serão feitos, preferencialmente por via telefónica, mediante os dados fornecidos pelos postos consulares.
A nota alertou que os passageiros deste voo estão obrigados, cumulativamente, a apresentar comprovativo de realização de teste laboratorial (RT-PCR) para rastreio da infeção por SARS-CoV-2, com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque, com exceção das crianças que não tenham completado 24 meses de idade.
Além disso, terão ainda de cumprir, após a entrada em território nacional, um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde portuguesas.
Em 27 de janeiro, o Governo português suspendeu os voos de e para o Brasil entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro, uma medida "de último recurso", que já foi prorrogada, e que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, admitiu ser necessária tendo em conta a "situação muito difícil" que se vivia em Portugal em relação à pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Já o Brasil, com 212 milhões de habitantes, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.
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