Ataque jihadista a comboio militar na Nigéria faz 19 mortos
Um ataque jihadista a um comboio militar em Borno, no nordeste da Nigéria, provocou 19 mortos, dos quais 15 eram soldados e quatro pertenciam a uma milícia local pró-Governo, disseram fontes militares à agência France-Presse.
© Reuters
Mundo Nigéria
Segundo as fontes militares, supostos membros do grupo extremista Estado Islâmico da África Ocidental (Iswap) atacaram, na quinta-feira, um comboio do exército nigeriano perto da cidade de Gudumbali, Estado de Borno, na região do Lago Chade.
"Perdemos 15 soldados e membros da JTF [milícia local] nesta emboscada terrorista levada a cabo na floresta, perto de Gudumbali", disse um oficial, que não quis ser identificado.
O ataque deixou ainda feridas 13 pessoas, incluindo 10 soldados.
O comboio, com cerca de dez carruagens, viajava de Gudumbali para Kukawa, para participar numa operação militar, quando foi apanhado numa emboscada, segundo outra fonte, que informou os militares.
"As vítimas foram levadas de volta, à tarde, para a cidade de Maiduguri", capital regional do estado de Borno, acrescentou a fonte.
Um dos líderes da JTF, Umar Ari, também confirmou esta informação, especificando que um oficial daquela milícia, Yusuf Baba-Idris, chefe da JTF em Kukawa, está entre os quatro elementos mortos.
Numa nota divulgada hoje, o Iswap reivindicou a responsabilidade pelo ataque, alegando ter matado 33 pessoas e feito um prisioneiro, enquanto "os sobreviventes fugiam".
O grupo também afirma ter destruído quatro veículos militares e apreendido outros sete, bem como "um grande número de armas e munições".
O exército nigeriano sofreu pesadas perdas nos últimos anos contra os combatentes do Iswap, um ramo dissidente do grupo Boko Haram que aterrorizado o nordeste da Nigéria há mais de 10 anos.
A Iswap, afiliada ao autoproclamado Estado Islâmico (IS), separou-se do Boko Haram em 2016 e refugiou-se, principalmente, na área do Lago Chade, uma região de fronteira estratégica nas fronteiras da Nigéria, Chade, Camarões e Níger.
O conflito, que começou em 2009, já causou cerca de 39.000 mortos e quase dois milhões de deslocados no nordeste da Nigéria, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
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