Mais de 40 marchas decorreram em todo o país, incluindo uma em frente da sede do poder legislativo, em Camberra, onde estava presente a antiga conselheira do Partido Liberal Brittany Higgins, que denunciou em fevereiro o alegado abuso por um antigo colega ocorrido no Parlamento.
"O sistema está partido, o teto de vidro permanece no lugar e existem falhas significativas nas estruturas de poder dentro da nossa instituição", disse Higgins, num discurso dirigido à multidão.
Após a queixa pública de Higgins, cuja alegada violação ocorreu em 2019, três mulheres, cuja identidade não foi divulgada, alegaram terem sido vítimas de agressão ou de toque inapropriado pelo mesmo homem, que foi despedido por estas alegações.
Além disso, uma acusação de 32 anos contra o procurador-geral, Christian Porter, antes de entrar para a política, foi arquivada por falta de provas após a morte da alegada vítima em 2020.
Porter, que nega a alegação e permanece em funções, disse que vai apresentar uma queixa por difamação contra a estação de televisão ABC, que tornou a alegação de abuso pública, embora sem revelar o nome do político acusado.
No início de março, o Governo australiano anunciou a abertura de um inquérito sobre a cultura de trabalho no Parlamento. O relatório final deverá ser apresentado em novembro com uma série de recomendações para alterar algumas práticas de trabalho internas.
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