PM são-tomense foi o primeiro a receber a vacina contra a Covid-19
O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, o primeiro cidadão a receber, hoje, a vacina contra a covid-19 em São Tomé e Príncipe, considerou o início da campanha como "um momento de muita responsabilidade e de história".
© Lusa
Mundo Covid-19
"Eu acabo de tomar a primeira dose da vacina para dar o exemplo e aproveito para exortar a toda a população são-tomense, dentro e fora do país, para este exemplo seja seguido", disse Jorge Bom Jesus.
Depois de receber a primeira inoculação, o chefe do executivo referiu que cumpriu um "dever cívico inerente às funções" que ocupa.
"Os dirigentes são para os momentos em que a história exige de nós esta atuação consequente", acrescentou.
Além do chefe do Governo foram também vacinados o ministro da Saúde, Edgar Neves, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade, Edite Tenjua, a representante do sistema das Nações Unidas, Katarnzina Wawernia, e a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Annie Ancia.
O governante considerou que o facto desta três individualidades serem as primeiras a recerebem a primeira dose da AstraZeneca demonstra que "esta vacina é válida, as vantagens superam de longe eventualmente os riscos colaterais".
Bom Jesus pediu à população para "aderir" à vacinação.
"Num país como o nosso, a prevenção tem que ser a regra de ouro e a vacina é mesmo para prevenir", disse, reiterando: "Esta vacina merece toda a nossa confiança".
O ministro da Saúde, depois de ser vacinado, disse sentir-se "bem" e afirmou acreditar que "milhares de são-tomenses" seguirão o seu exemplo.
Edgar Neves disse que "compreende" a posição de alguns países em suspender o uso da AstraZeneca, mas sublinhou que o seu Governo segue as orientações da OMS e "também por vários países que continuam a usar esta vacina", citando como exemplo a Alemanha e Portugal.
"Já me sinto muito mais protegida, penso que agora o meu corpo vai ter um sistema de defesa em caso do vírus entrar", disse, por seu lado, a representante da OMS, que considerou o início da campanha de vacinação contra a covid-19 como "um dia grande para São Tomé e Príncipe".
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades disse que se sentiu "perfeitamente bem", depois de vacinada, considerando a iniciativa dos vários responsáveis governamentais de serem os primeiros a receber a vacina contra a covid-19 como "necessária para sensibilizar as populações para entrar neste processo de vacinação".
"Tomei a primeira dose de vacina, queria encorajar a toda a população para tomar também a vacina. É muito importante para voltarmos ao nosso caminho de desenvolvimento deste país", disse a representante residente do sistema da Nações Unidas em São Tomé e Príncipe.
A campanha vai decorrer em quatro fases distintas e terminará em 2022, altura em que o governo prevê que estejam vacinadas pelo menos 70% da população.
As primeira e segunda fase da campanha serão cobertas pelas 24 mil doses de vacina AstraZeneca fornecidas pela iniciativa Covax, devendo a terceira e quarta fases ficar dependentes de "recursos a mobilizar", segundo o Governo.
O país regista, desde o início da pandemia, um total de 2.057 casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e 32 mortos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.654.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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