Afeganistão: EUA bombardeiam talibãs antes de conferência em Moscovo

Os Estados Unidos confirmaram hoje que realizaram bombardeamentos nas últimas 48 horas contra os talibãs que tentavam atacar forças afegãs, na véspera de reunião em Moscovo para negociar a paz no Afeganistão.

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Lusa
17/03/2021 17:21 ‧ 17/03/2021 por Lusa

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Afeganistão

 

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"As forças dos EUA no Afeganistão realizaram ataques aéreos nas últimas 48 horas contra os combatentes talibãs que atacavam posições das forças de segurança e defesa nacional do Afeganistão", anunciou Sonny Leggett, porta-voz do Exército dos EUA estacionado naquele país, na rede social Twitter.

Leggett explicou que "os Estados Unidos continuam a defender as forças afegãs" contra as investidas dos insurgentes.

O ataque aconteceu na altura em que delegações do Governo afegão e do movimento talibã se deslocam para Moscovo, para participar numa conferência internacional cujo objetivo é desbloquear as negociações de paz intra-afegãs, que se iniciaram em setembro de 2020.

Um porta-voz dos talibãs, Qari Yusuf Ahmadi, classificou os ataques aéreos como uma clara violação do acordo entre os Estados Unidos e o movimento rebelde, assinado em fevereiro do ano passado em Doha, no Qatar.

Ahmadi disse que o bombardeamento teve como alvo combatentes talibãs que estavam a caminho ou permaneciam nas suas bases, provocando várias mortes.

"Condenamos veementemente os crimes e ataques aéreos dos invasores norte-americanos. Esta é uma violação clara do acordo de Doha que não pode ser justificada de forma alguma", disse o porta-voz talibã.

Ahmadi avisou as forças norte-americanas que "se continuarem com as ações e bombardeamentos contrários ao acordo (...), os combatentes também se reservam o direito de defender a sua posição e tomarão ações semelhantes contra forças estrangeiras".

"Nesse caso, as forças dos EUA serão responsabilizadas pelas consequências", acrescentou o porta-voz.

Os Estados Unidos reduziram significativamente os seus ataques aéreos contra os talibãs, no Afeganistão, desde que concordaram em retirar as suas tropas americanas até 01 de maio, ao abrigo do acordo de Doha.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu hoje a retirada de todos os soldados norte-americanos do Afeganistão até 01 de maio, como previsto no acordo com os talibãs, mas reconheceu que será "difícil".

"Pode acontecer, mas é difícil", disse Biden numa entrevista divulgada hoje pela emissora norte-americana ABC, criticando o acordo feito pelo seu predecessor Donald Trump com os rebeldes afegãos.

Leia Também: Biden considera "difícil" manter calendário de retirada do Afeganistão

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