Keir Starmer falava aos jornalistas quando recebeu o chanceler alemão, Olaf Scholz, na sua residência de campo em Chequers, nos arredores de Londres, para abordar a guerra na Ucrânia, a nova relação com a UE e a situação no Médio Oriente.
"Nas conversas que tive com o Presidente [dos EUA, Donald] Trump, foi nisso que nos focámos, numa forte relação comercial", disse, considerando que o assunto é prematuro.
Trump assinou no sábado a ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, que já prometeram retaliar.
No encontro com Starmer, Scholz defendeu que a União Europeia (UE) tem "as suas próprias opções de ação" para reagir às eventuais novas tarifas impostas pelos Estados Unidos e alertou que "é importante" que não se divida o mundo com "barreiras alfandegárias".
"A troca global de bens e mercadorias provou ser uma grande história de sucesso que permitiu a prosperidade para todos nós", disse o chanceler alemão aos jornalistas.
A União Europeia lamentou a aplicação de taxas aduaneiras ao Canadá, México e China e disse que retaliará fortemente se também for alvo de tarifas injustas.
"A UE acredita firmemente que direitos aduaneiros baixos promovem o crescimento e a estabilidade económica", refere um comunicado divulgado pela Comissão Europeia, que considera a imposição de mais tarifas pelos EUA como "nocivas para todas as partes".
O Reino Unido deixou a UE em 2020, após um referendo. Trump, que apoiou a saída, ainda não disse se planeia aplicar tarifas aos produtos britânicos.
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