O suspeito de matar oito pessoas em três salões de massagens asiáticos da cidade norte-americana de Atlanta, na noite de terça-feira, foi acusado de vários crimes de homicídio, avança o New York Times.
A vaga de tiroteios causou alarme generalizado por aparentar ter como alvo a comunidade asiático-americana - morreram seis mulheres de ascendência asiática e duas outras pessoas. Só uma das vítimas era masculina.
Os investigadores afirmam que não excluem motivação racial, mesmo tendo o suspeito negado que os ataques foram racistas. Robert Aaron Long, de 21 anos de idade, indicou à polícia que tem "uma adição sexual" e que o alvo era "a indústria pornográfica" daquele estado, que encarava como "uma tentação".
As autoridades já determinaram, também, que Robert Aaron Long "talvez tenha frequentado" os três salões de massagens que atacou e que, quando foi detido, estava a caminho da Flórida, onde suspeitam que tivesse planeado "levar a cabo ataques adicionais", de acordo com o Guardian.
O chefe interino do Departamento de Polícia de Atlanta, Rodney Bryant, indicou que ainda não é claro que o tiroteio seja classificado como crime de ódio. "Ainda estamos no início da investigação, portanto não podemos fazer essa determinação, neste momento", disse.
Os ataques começaram na noite de terça-feira, quando cinco pessoas foram baleadas num salão de massagens perto de Woodstock, a cerca de 50 quilómetros de Atlanta. Duas pessoas morreram no local e três foram levadas para um hospital, tendo mais duas acabado por morrer.
Cerca de uma hora depois, a polícia respondeu a uma chamada sobre um assalto, tendo encontrado mais três mulheres mortas por ferimentos de bala num outro salão de massagens, perto da área de Buckhead, em Atlanta.
A polícia foi, entretanto, chamada para outro tiroteio, num salão do outro lado da rua, tendo encontrado outra mulher morta a tiro.
Embora o motivo do ataque se mantenha por esclarecer, muitos membros da comunidade asiático-americana viram os tiroteios como um ataque específico, já que tem havido vários contra asiáticos desde que começou a disseminação do coronavírus pelos Estados Unidos.
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